Thursday, March 03, 2016

Nada

Sem mais palavras para sentir
Sem sentimentos para dizer
Sem culpa para carregar
Sem carga para perdoar
Sem lamento chorar
Sem choro para lamentar
Sem nada... Depois de tudo não restou nada

Regozijo na amplidão da resignação

Wednesday, March 02, 2016

Meu sonho de hoje foi tão impróprio quanto o Facebook ao cavucar o incavucável 

Tuesday, February 23, 2016

Ainda que não seja comigo

Aunque No Sea Conmigo (con Celso Piña)

Cafe Tacuba


A placer,
Puedes tomarte el tiempo necesario
que por mi parte yo estar esperando
el día en que te decidas a volver
y ser feliz como antes fuimos.
Sé muy bien,
que como yo estarás sufriendo a diario
la soledad de dos amantes que al dejarse
están luchando cada quien
por no encontrarse...
Y no es por eso,
que halla dejado de quererte un solo día
estoy contigo aunque estés lejos de mi vida
por tu felicidad a costa de la mía.
Pero si ahora tienes,
tan solo la mitad del gran amor que aun te tengo
puedes jurar que al que te quiere lo bendigo
quiero que seas feliz...
aunque no sea conmigo...


Tuesday, July 04, 2006

Cats no Brasil

Um dos espetáculos musicais mais bem sucedidos da história do showbiz mundial, pela primeira vez no país, com produção e elenco originais da Broadway. A megaprodução fica em São Paulo, no Credicard Hall, de 09 a 27 de agosto, e segue para o Rio de Janeiro, no Claro Hall, com sessões de 30 de agosto a 03 de setembro.
Meia-noite. Nenhum som no beco. Luzes de um carro rasgam a paisagem escurecida da noite e revelam momentaneamente a imagem de um felino correndo. Um por um, gatos curiosos emergem. É a noite especial deles, quando a tribo Jellicle Cats se reúne para escolher os melhores. Mas os gatos não estão sozinhos. Humanos hipnotizados na platéia acompanham de perto um dos maiores sucessos de Andrew Lloyd Webber.
Desde sua abertura em Londres, em 1981, Cats já foi apresentado em mais de 20 países e 250 cidades, incluindo todos os Estados Unidos, Canadá e México, além de Buenos Aires, Seul, Suíça, Alemanha, Bélgica, Áustria, Suécia e Cingapura. Um ano após a estréia na Inglaterra, abriram produções na Broadway, no famoso teatro Winter Garden, em Tóquio, Budapeste e Vienna.
Cats já foi traduzido para 10 línguas e recebeu mais de 30 prêmios, entre os mais importantes estão sete Tony Awards, incluindo melhor musical, um Laurence Olivier por musical do ano e um Evening Standard. A imprensa estrangeira também não deixou os felinos de fora em suas premiações e agraciou o espetáculo com um prêmio Moliere, na França, sete Dora Mavor no Canadá e seis estatuetas no Japão.
Pela primeira vez no Brasil, a companhia, que comemora 25 anos em 2006, desembarca no país com staff de 70 pessoas, entre artistas, operadores, maquinistas e iluminadores. Por aqui ainda serão contratados mais 50 profissionais que ficarão responsáveis pelos camarins, perucaria, copa e lavanderia.
Credicard Hall
Av. Nações Unidas, 17.955, Santo Amaro – Zona Sul
Fone: (11) 6846-6000
Dia/hora: De 9 a 13/8; De 16 a 20/08; 22/08; De 24 a 27/08. De Terça a sexta, às 21h30; sábado às 17h e às 21h30; domingo às 16h e às 20h30
Preço: De R$ 80,00 a R$ 200,00

Thursday, June 29, 2006

!!!

“Existe algo terrível na realidade, eu sei o que é, mas não quero dizer”

Thursday, May 18, 2006

Não morri e já volto!

Caramba!!! Não escrevo nada apresentável faz um tempo! Pudera... Estou bitolado numa tese de conclusão, entrego em pouco tempo.
Ainda ontem, em conversa fugidia com uma amiga, me dei conta que estou com assunto limitado: Lembra daquela festa? Faz 1 ano... E a nossa viagem? Huuuuu, dois anos... e por aí vai. Aparentemente tudo o que eu fiz e que pode ser contado, eu fiz há mais de 1 ano...rsrs... Coincide com a minha pós doida. Mas não morri, e estou feliz e saudável. Mantenham contato que já volto, gosto muito deste meu espaço, vou continuar fazendo dela uma janela para o meu mundo.

Thursday, March 16, 2006

El valor que no se ve

Por todos ellos, échale valor, por quien lo pierde y lo va buscando, por los que se sienten tan mal como tú, por esos que esperan sin desesperar, como tú. Busca una salida, un mañana que dé una nueva vida a todo el mundo que sólo por dolor no se pierda en el camino, no te rindas nunca, busca en tu interior, busca la salida, el mañana que vuelves a tener dentro del valor que no se ve...

Wednesday, January 11, 2006

O filme é bonitinho, mas não para falar de Oscar

Normal que “2 Filhos de Francisco” tivesse a maior bilheteria da história do cinema no Brasil. Esse assunto é tão complicado quanto a religião e o futebol. Quando digo que não gosto deste filme e renego sua indicação para o Oscar logo sou chamado de “baba ovo estado unidense” e anti-patriota, mas é uma injúria, pois sou ávido pelo sucesso do cinema no Brasil e sustento que o filme em questão não tem fibra para me representar.
Vi o filme sim, achei tocante, chorei e tudo, mas é isso só, deu!!! Isso se passou com outros filmes que assisti (bonitinho, parabéns, ok, mas vamos continuar trabalhando para melhorar), mas o que vejo agora, é que um mundo sem fim de gente que não tem postura crítica sobre o cinema passou gritar em praça pública que o filme é o melhor filme do mundo, o universo de comparação é, somente, a seleção de filmes exibidos em Tela Quente e Sessão da Tarde, quando muito, alguns desses “apaixonados” pelo cinema nacional vão às salas de exibição sim, mas assistem às “cine-novelas” produzidas pela Globo Filmes, uma mera extensão da emissora de sinal público.
Pessoas que jamais assistiram ao Oscar, que não sabem com quem estão concorrendo, nem sabem exatamente o que significa ganhar um Oscar, pintam faixas e gritam pelas ruas. São os mesmos fãs da dupla, aqueles que aclamavam a obra deles, agora se apaixonaram pela vida também.
Ora, fico no meu canto quando não expresso minha desavença sobre o estilo musical que baseou o filme, quando respeito tal manifestação como uma vertente da grande e complexa cultura popular nacional. Posso respeitar guardando sempre as devidas proporções, mas não me deixo corromper a opinião por algum tipo de fanatismo e não me sinto obrigado a me comover pela história contada no filme e esquecer o cinema nacional não se resume a isso.
E depois vem a ala nacionalista, que critica tanto Hollywood, mas implora pelo prêmio “yankee”. Acho realmente interessante ganhar o Oscar, mas se os filmes de Fábio Barreto, Fernando Meirelles e Valter Salles não ganharam, não vejo porque o de Breno Silveira ganharia. Neste ano estou torcendo para que Meirelles ganhe como diretor e tão somente.
O nacionalismo caudaloso faz mal, mas não de deve confundir não ser nacionalista com sendo uma manifestação de amor incondicional de Los Angeles e só, na verdade, os fãs de “Dois Filhos de Francisco” deveriam se lembrar que o filme, se for indicado, concorre a um prêmio dado pela academia, mas disputa com filmes não americanos, eu também me esqueço disso às vezes. Logo, podemos até torcer por ele, mas é justo saber que o provincianismo nos faz esquecer que existem 58 colegas no mundo qualificados para o mesmo prêmio.
Oh meu D’us, agora vão dizer que sou pessimista. Não, não é bem isso, é que ainda acho que nosso amadorismo está nos deixa bem distantes de obras-primas espalhadas pelo mundo. Já provamos que temos “recursos humanos” de sobra, mas temos que “arrumar a casa”. Enquanto isso, vamos torcer com mais consciência. Se a indicação nacional ganhar, vou ficar bastante surpreso no que diz respeito às participações do Brasil na festa. Mesmo assim, se é o que tem para o momento, tomara que ganhe.

Friday, December 16, 2005

Não se atreva a falar mal de funk!!!!

Sou bastante vigilante quando falo do meu gosto, tento me abster de críticas e respeitar as opiniões, mas quando acho que esse negócio que virou o Funk Carioca esfriou o assunto sempre volta cada vez mais forte, vou cometer a redundância de deixar a minha opinião.
Agora estou aqui para dizer que abomino o gosto massivo e rejeito o funk como ridícula proposta de um movimento de democratização da fala, no sentido de que as mulheres agora podem dizer o que pensam (?). Enquanto era uma “alternativa” não me incomodava, enquanto acontecia nos “templos próprios” estava bom, mas agora eles tomaram a Europa e tem gente chamando isso de troca cultural, contato experimental entre culturas. Não quero ser representado por isso, não gostaria de ser confundido!!!
Nunca vou tolerar alguém cobrar de mim achar normal ouvir pessoas “gritando” frases montadas num esquema não muito diferente do seguinte: (um órgão sexual) + (preposição) + (uma ação sexual) + (artigo) + (um xingo) e está pronto um verso com métrica perfeita para ser entoado por uma pessoa estúpida e para ser apreciada por um pessoa estúpida x 2.
Gostaria que os usuários do funk parassem de uma vez por todas de enfeitar o discurso sobre esse movimento como sendo uma vantagem social, que assumissem verdadeiramente que se essas supostas “classes reprimidas” conquistaram espaço para falar, elas realmente conseguiram a atenção desejada e agora exprimem suas merdas em cadeia mundial, grande coisa, queriam falar e falaram asneiras, não precisamos disso.Se não bastasse, agora estão lançando um documentário “Sou Feia mas Tô na Moda”, que sonda a história do funk e a sua influência formativa (?), e me incomoda ler a matéria publicada pela Folha revelando tendências favoráveis ao movimento, que que foi? Depois de 9 meses de Raissa agora eu tenho que aceitar o funk só porque a massa estúpida pegou gosto? (novidade)... Gosto do nosso amigo Luciano Pires quando propõe o movimento de Despocotização”... Se funk está na moda, eu me orgulho de não estar.

Matéria sobre o documentário;
http://cinema.uol.com.br/ultnot/2005/12/15/ult26u20447.jhtm

Sugestão de leitura:
http://www.lucianopires.com.b

Thursday, December 01, 2005

Poetas das Almas Limpas


É muito fácil localizar os poetas das almas limpas. Eles estão nas ruas, nos canteiros, nas praças, nas sarjetas e até no nosso imaginário. A grande dificuldade é querer encontrá-los. Na infância aprendemos a temer e fugir dessas figuras: o Mendigo, o Maluco, o Andante, o Zé pinguinha e o temível Homem do Saco que levava para sempre as crianças que deixassem sobrar comida no prato. Hoje, aceitamos facilmente a idéia de que eles já fazem parte da paisagem e, olhando pela janela do carro, temos a impressão de que só estão ali para acrescentar uma dose extra de crueldade na rotina casa-trabalho-casa.
Mas na realidade, além da sujeira e da miséria, eles também compartilham o desprezo e a ausência de políticas públicas que possam amenizar o seu sofrimento. Para se ter uma idéia, a maior conquista que os moradores de rua tiveram nos últimos tempos foi a denominação politicamente correta de sem-teto.
Sem-teto sim, mas sem almas nunca. O projeto Poetas das Almas Limpas mostra algo além da miséria, da falta de oportunidades e do alcoolismo que atinge mais de 80% dos moradores de rua em São Paulo. Esta é uma prova fotográfica de que é possível encontrar poesia nos cantos mais desprezados e esquecidos da cidade. Uma poesia simples e sincera que passa grande parte do tempo adormecida na alma genuinamente inquieta desses personagens, só esperando que alguém a desperte.
Exposição do fotógrafo Edison Russo reúne 19 retratos de moradores de rua de São Paulo
Paparazzi Galeria
Av. Pedroso de Moraes, 100
Fone: (11) 2139-0250
Dia/hora: De 28/11/05 a 20/01/06

Friday, October 28, 2005

Vistas Grossas...


Eu sei, eu sei, este assunto está mais do que gasto, é mais do mesmo, mesmo. Esse é tema de qualquer bar de bairro. Apesar de tudo isso, sabemos que está por vir a continuação da "saga", ou melhor, a releitura do romance de Dan Brown. Então é um bom momento de preparação para o furacão que vai solapar o mundo todo.
Imaginem, se no formato livro Código Da Vinci foi o que foi, agora, mastigado para o cinema [1] (lido, para aqueles que não conseguem ler nem coisa ruim) o conto será socializado... Isso é bom? Não vou nem pensar nisso... A opinião da massa costuma me irritar um pouco, muitas vezes... Não vou nem discutir se o livro é bom ou não é, confesso que li e gostei, mas não deixem de lembrar àquele seu amigo mais desatento de que, como diz Umberto Eco, "...O Código da Vinci é um romance, e como tal, teria direito de inventar o que quisesse. Além disso é escrito com habilidade e o lemos de um só fôlego. Nem é grave que o autor de início diga que o que nos conta é verdade histórica. Só faltava essa! O leitor profissional está acostumado a esses apelos narrativos à verdade, fazem parte do jogo ficcional. A encrenca começa quando percebemos que um grande número de leitores ocasionais acredita realmente nessa afirmação, da mesma forma que no teatro de marionetes siciliano os espectadores insultavam Gano de Maganza, o traidor...". [2]
Todos sabem que não nego o aspecto despojado do entretenimento em nome de uma suposta masturbação cultural... O post anterior fala bem disso, entretanto, penso que devamos assumir as nossas cotas de responsabilidade e não deixar o carro descarrilar. Viva o culto, viva o popular, viva o fato histórico, viva a ficção, viva o bom-senso...

[1] Site oficial: http://www.thedavincicodemovie.com
[2] Artigo completa de Eco em:
http://revistaentrelivros.uol.com.br/Edicoes/6/Artigo10980-1.asp

Thursday, October 20, 2005

A Cultura... por Gramsci


Fala de Gramsci contida no livro:

SCHELLING, Vivian. A presença do povo na cultura brasileira: ensaio sobre o pesamento de Mário de Andrade e Paulo Freire. Tradução: Federico Carotti. Campinas: Ed. Unicamp, 1990, 421 p.

Friday, September 30, 2005

Shanah Tovah


yehi ratzon milefanecha ado-nai elo-henu velo-he abotenu shetechadesh alenu shana toba umtuca (cadevash).

Bendito sejas Tu, Senhor nosso D'us, Rei do Universo, que criaste o fruto da árvore. Que seja Tua vontade, Senhor nosso D'us, D'us de nossos pais, conceder-nos um ano bom e doce (como o mel).

Tuesday, August 30, 2005

Árvore da Sabedoria


Segundo filósofos como Jean-Paul Sartre e Merleau-Ponty, psicólogos como Jacques Lacan e antropólogos como Lévi-Strauss, o homem teria, em algum momento da sua história, vivenciado um processo único de ruptura com a natureza. Traduzido sob a forma de mito na maioria das culturas conhecidas, esse momento teria representado para nossos antepassados uma verdadeira "expulsão do paraíso" - uma separação irreversível de sua condição de habitante do Éden -, vivido como castigo ou como cumprimento inexorável de desígnios divinos. Esse desligamento de uma situação primordial na qual estivera imerso foi sentido pelos primeiros hominídeos como uma grande perda, associada contraditoriamente a idéias de nascimento, condenação e desterro. Há milênios o homem relembra em seus ritos esse momento em que, ao deixar o paraíso, rompe com a natureza generosa e abundante, com a reprodução indolor e com a imortalidade. Passa a ter uma relação conflitante com o ambiente, com a satisfação de suas necessidades básicas, com o tempo e com a morte.

Tal revolução nas condições da existência só pôde ser enfrentada, segundo a tradição judaico-cristã, por terem esses homens "comido da árvore da sabedoria", tendo adquirido o discernimento, a capacidade de distinguir entre o bem e o mal e de agir segundo sua própria orientação, em vez de apenas responder a impulsos genéticos e instintivos.

Esse momento transformador foi o parto da humanidade, a emergência de um ser que, rompendo com seu estado de natureza, defronta-se com o mundo exterior a partir de sua subjetividade. Instala-se a percepção de si mesmo e de sua individualidade íntegra, única e solitária. Expulso do útero criador, ele deveria, a partir dali, parir a si próprio e a seus descendentes. Com dor, é claro.

Romper com estado de natureza e com a bagagem genética, que lhe dava o sentido das coisas e de sua relação com elas, significou enfrentar o mundo por meio de um complexo processo cognoscente, o qual exigiu o desenvolvimento do imaginário e das abstrações, responsáveis pela consciência humana e por seus processos simbólicos. Tornou-se consciente de si próprio e dotado de uma identidade que se construía por oposição ao mundo circundante, o qual, conseqüentemente, em termos cognitivos, situava-se exteriormente aos processos construtivos de sua interioridade. O homem e o mundo, e eu e o outro passaram a ser elementos basilares do conhecimento e da identidade.

COSTA, Maria Cristina Castilho. Ficção, Comunicação e Mídias. São Paulo: Editora SENAC, 2002. Introdução

Tuesday, July 26, 2005

1º pessoa do plural do presente do indicativo


Como eu não tenho credibilidade para chegar aqui e dizer que mais uma vez aconteceu e que dessa vez será diferente... Eu vou ficar calado. Aliás, eu vou falar bastante, mas para ouvidos cuidadosamente interessados, se forem apenas dois eu não vou me importar, mas serão os dois ouvidos mais indicados. E nenhum Vinícius ou Cássia do mundo vai me fazer desacreditar na longevidade de um bom sentimento. Transcendência, eu só vou acreditar na minha. Eternidade, vou me concentrar só na minha. Verdade, eu só vou validar a minha. Então, nesta minha "Fase Rosa" eu não quero conselhos, comentários ou legendas que tenham teor negativista... Tudo o que vier eu vou selecionar, validar e julgar diante do remetente, e assim viveremos todos felizes para sempre, com as devidas considerações sobre as limitações do "para sempre" de cada um.

E salve o amor que me ensinou a conjulgar corretamente e que me fez entender o famoso ditado: "... à César o que é de César..."

Foto: Gravura Underwear by Doron Rabina. Meu amigo artista israelita que me emprestou o conceito de sua arte para ilustrar o meu amor

Wednesday, July 13, 2005

Inexeqüibilidade


Pensando no quanto os planos são inexeqüíveis no decurso dos trâmites da cotidianidade. Propriedade dos caóticos plantonistas dos novos tempos. Tudo à sorte, resta-nos apenas esperar que esse tal de destino nos promova... Às vezes da certo...

Tuesday, June 21, 2005

Entre cafés e pães de queijo!


- Boa noite meu jovem rapaz, como posso ajudá-lo?
- Me trazendo uma grande copo de café bem forte, alguns pães de queijo, um jornal com as notícias de hoje, um firmamento para a minha vida e uma dose grande de sabedoria!
- Desculpe meu jovem, mas não temos alguns desses itens!!!
- Tudo bem, pode ser croissant mesmo minha senhora, de qualquer sabor...
- No lugar do firmamento e da sabedoria?
- Não... No lugar do pão de queijo (Calmo, suspirando e olhando vago pela janela)
- Hummm... Temos um problema!
- Ahhh... Então a senhora também tem? Como tem resolvido os seus?
- O meu morreu há 30 anos?
- E o meu nasceu há menos que isso!
- Acho que morri junto (melancólica)
- Acho que vive melhor que eu (cenho franzido)

Longa pausa, ela descansa o bloco de anotações sobre a mesa e fita o rapaz

- Não crê em Quem faz brotar a flor e faz crescer o fruto? (diz severa)
- Acho que foi o mesmo que me encheu de amor, mas não entendo porque este culmina em dor, sinto que foi o mesmo que me trouxe o prazer da empatia, me fez sorrir diante da beleza, me fez vibrar com o nascer do sol, mas e sobre desgosto de dormir triste?
- Não cai uma gota d'água se D-us não deixar, não cai uma folha da árvore se D-us não deixar, não cai uma lágrima se D-us não deixar... Não seja bruto e injusto.
- Sim... Mas não posso ser condescendente...
- Precisa de mais sabedoria, meu jovem...
- Acho que podemos começar pelo café...

Tuesday, June 14, 2005

Ctrl + Z


Já pensaram nos benefício de se ter um Ctrl + Z na sua vida. Pense no quanto de atitudes espontâneas poderiam ter sido evitadas, pense na quantidade de frases malditas que teriam sido tolhidas, teríamos muito menos gente machucadas, muitas lágrimas seriam poupadas. Andei querendo muito ter uma possibilidade dessas. Quanta energia desperdiçada. Penso na minha vida como na época da máquina de escrever, quando eu não podia errar, pois cada um era fatal. Ainda estou assim, o problema é que eu erro mesmo...

Friday, May 06, 2005

Família real (com "r" minúsculo mesmo)


"Que o medo da solidão se afaste, que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável
Que o espelho reflita em meu rosto o doce sorriso que eu me lembro de ter dado na infância.
Porque metade de mim é a lembrança do que fui, a outra metade eu não sei..." (O. M.)


Na primavera de 85 as coisas já me pareciam bem complexas. Eu era esse aí mostrando a barriga à esquerda. Gostava mais da minha bota preta à marrom do Giba, o herdeiro primogênito do conturbado clã Borges, odiava esse fogão vermelho que em nada se harmonizava com a geladeira Frigidaire azul cobalto claro que ficava do outro lado da cozinha. Acho que foi nessa mesma estação que levei a maior surra da minha vida por ter sumido durante 6 horas no dia das crianças, revoltado, sem um grande motivo aparente, tava deprê e não me sentia a criança mais feliz do mundo, protestava pela falta de motivos para comemorar, parece que eu tive o que queria, bons motivos para chorar.
Eu já era tratado como o diferente, pirracento, contrário, diverso do resto do grupo, mas fazer o que? eu não conseguia me controlar, na realidade nem sabia o que almejava, só queria agitar um pouco, causar!!! Todo caso sabia muito bem o que não queria.
Sim, isso era cabelo mesmo, mais tarde minhas madeixas castanho-escuras caiam sobre meus olhos, depois caíram de uma vez por todas, acho que agitei e causei demais, estressei.
Minha mãe, sei lá, por ser o filho do meio ela nunca teve tempo para mim, opa! isso não é uma revolta descabida, é um fato empírico. Ela estava sempre ocupada, podando os excessos do representante majoritário e preferido ao trono, quando não, babando nos atos brincantes do Paulinho. Aprendi desde cedo a não dar bola para isso é viver uma vida autônoma, despojada de babas materno-paternais, uma vida diferente do que seria o meio termo, meus diferenciais para chamar atenção deles não eram natos, teria então de criar fatores marcantes para chamar a atenção, algo que falasse: Oi... eu também tô aqui, tá!!! Percebi que a melhor maneira de me fazer presente era estando ausente: Cadê o Zinho?!!! Isso dura até hoje, mesmo com a triste e crônica ausência da matriarca eu ainda não parei em análise a fim de apurar meus saldos.
Mas calma gente, minha base não é de tristeza não, claro que tive momentos de criança, já fui cúmplice do Giba em atividades infanto-ilícitas, porém divertidas, já rodei minha capanga vermelha do parquinho, já me diverti no zoológico e quis voltar, já vi muita emoção nos poucos brinquedos que tinha acesso no Playcenter, já corri rumo ao mar, já gostei de ver meu pai chegar, já tive ferrorama, lego, play-mobil, atari, pogobol, ping-pork, mini-snooker e autorama.
Disso eu não esqueço, meu sorriso saia mais fácil, despegado de valores, ideologias, preceitos, ranços. Eu não tinha vícios. Minha maldade era pueril, era perdoável. Eu era criança.

Wednesday, May 04, 2005

Estranho!



Devo ser o garoto mais triste que já se viu segurar um copo de Martini!!!

Wednesday, April 20, 2005

Theognis


... "Hey", while you chin stays whiskerless, I'll never cease praising you, even till my fated death.
It's graceful still for you to give, and no disgrace for me to ask. So, for our parents' sake, show me respect, lad, and your favor...

Thursday, April 14, 2005

Ríos de Babilonia (Salmos 136/137)


Junto a los ríos de Babilonia, allí nos sentábamos, y aun llorábamos, acordándonos de Sion. Sobre los sauces que están en medio de ella colgamos nuestras arpas; Cuando nos pedían allí, los que nos cautivaron, las palabras de la canción, colgadas nuestras arpas de alegría diciendo: Cantadnos de las canciones de Sion.
¿Cómo cantaremos canción del SEÑOR en tierra de extraños?
Si me olvidare de ti, oh Jerusalén, mi diestra sea olvidada. Mi lengua se pegue a mi paladar, si de ti no me acordare; si no ensalzare a Jerusalén como preferente asunto de mi alegría.
Acuérdate, oh SEÑOR, de los hijos de Edom en el día de Jerusalén; quienes decían: Arrasadla, arrasadla hasta los cimientos.
Hija de Babilonia destruida, dichoso el que te diere tu pago, que nos pagaste a nosotros. Dichoso el que tomará y estrellará tus niños a las piedras.

Monday, April 11, 2005

"Quase"


Nem sou de ficar trazendo textos prontos aqui. Particularmente gosto de muitos, mas temo não ser bem compreendido. Mas vou me permitir, principalmente por saber que a ideologia das quais as palavras são imbuídas interage com o repertório de seus interlocutores, de suas culturas, do espaço e do tempo. Este último foi determinante para que eu trouxesse aqui esse tão conhecido texto, por alguns motivos ele me fez arrepiar novamente, gostaria de compartilhar.

"Quase"

Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase.

É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.

Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou.

Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.

Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor, não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz.

A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.

Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.

O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.

Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência, porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.

Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo.

De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.

Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.

Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

Friday, March 18, 2005

Diálogos Criativos!!!

O título faz referência a um bom livro de Frei Betto, Domenico de Masi, com comentários de Gilberto Dimenstein e mediação de José Ernesto Bologna. Mas só peguei o título emprestado, a essência aqui não se propõe a equiparar o entrave construtivo de Betto e De Masi, principalmente porque as idéias dos articuladores aqui em questão estão em acordo. Quem quiser pode opinar sobre a questão deixando seus comentários.

- Cláudio -

to na maior dúvida. não sei o q acontece, ou eu estou crescendo profissionalmente só agora, ou as pessoas estão surtando no geral!
o ego esta engolindo o caráter e a ética!
não sei a profissão de todos aqui, mas da pra entende o q quero dizer?
os humanos estão operando tratores de uma cultura importada q vai esmagando e destruindo qualquer forma de reflexão interpessoal... sempre com seus uniformes padronizados da grife X ou da escola Y.
qdo pensei em organizar um evento nobre junto com algumas pessoas bacanas e com o respaldo de uma instituição tradicional fui agredido moralmente! pq? pq atravessei o ego de alguém? os interesses mesquinhos e pessoais? pq provavelmente são pessoas pequenas mal-resolvidas q não fazem nada para o engrandecimento da psi e da cultura como penso em fazer e não só encher o rabo de dinheiro e status!!!
mas ta uma puta disputa feia entre pessoas q se julgam profissionais (da área q for)...
é assim mesmo né?
como não tornar-se um hipócrita?
conviver com cretinos e imbecis contagia???
alguém sabe alguma vacina ou vermífugo pra acabar com estes seres?
utilizo sempre meu bom senso e determinação q jájá se esgotarão...
vc trabalha com o q? e pra q?
vc faz o q pela ética e o bom senso na sua profissão?
vc pensa na macrocelula???


- Isma -

Imagine como me sinto, no intuito de fazer algo pela macrocélula fui estudar Comunicação, claro que depois fui culpado por de especializar na publicidade, paguei pelo meu erro quando me deparei com a avaliação científica quanto ao estupro cultural e uma sociedade atolada no ato consumista (em todos os seus sentidos) com único e desvairado propósito (no caso, muitas vezes mal, autocompreendido) da massagem do ego.
Claro que não sou romântico a ponto de querer destruir todo o sistema capitalista (não podemos atribuir responsabilidades ao sistema, afinal ele não é autônomos e natural), na verdade nunca visito os extremos das coisas, e estou longe deste que se observa agora, o ego manifestado no ato consumista, o que não é apenas uma reprodução de forças, mas também produção de sentidos: lugar de uma luta que não se restringe à posse de objetos, pois passa ainda mais decisivamente pelos usos que lhes dão forma social e nos quais se inscrevem demandas e dispositivos de ação provenientes de diversas competências culturais.

Não vou levar isso muito adiante e vou me concentrar no caso corrente.
Minha primeira grande decepção na vida foi perceber que não seria um bom publicitário nos moldes facilmente encontrados, D'us do céu, isso não significa que sou um camponês de puritano coração, apenas estou dizendo que não consigo entrar num sistema cíclico de atitudes superficiais despojadas de propósitos maiores. Talvez por isso eu tenha me afeiçoado tanto ao seu projeto cultural, porque vejo uma construção nele, já conversamos sobre ele e fiquei contente ao ver que colocou a manifestação cultural na frente de qualquer outro elemento. Não quero endeusar a cultura, só não quero subjugá-la a valores mercantes, corrompendo-a (não estou afirmando fatalidade, mas rachem minha cabeça com uma pedra se não é assim que acontece).

Também é utópico pensar na construção cultural e social paralela ao capital, afinal, este possibilita aqueles, me que me deixa adverso é o excesso de irresponsabilidade do uso do poder, escancarada manifestação de ego contaminado, e nem estou sendo didático ao pensar no âmbito federal da coisa, no macro-polo, estou falando do problema que nos deparamos quando andamos pela rua, antes de chegar à primeira esquina.

Sim... As pessoas estão surtadas!!!

Sim... Infelizmente é assim mesmo

Não se torne hipócrita, você tem todos os elementos para não se permitir, conviver com a raça pode contagiar sim, mas você tem estrutura. Não sei da vacina para matá-los, mas sabemos que com conhecimento, entendimento e sabedoria podemos conviver com eles, não estou muito vibrante para pegar o meu estandarte e liderar a despolitização da cultura, pelo menos eu trabalho até onde minha voz ampliada alcança... Hehehe

Monday, March 07, 2005

Uspando!!!!


O Wagner se estabeleceu em terras paulistanas, o Claudio vai trabalhar no museu da FAAP, O Doron está expondo em NY, a Ferrari foi a nova contratada do RH paralelo de RGB, uma espécie de máfia administrativa dentro de um dos maiores hospitais de São Paulo, hehehehe.... Eu vou ter um novo irmão... Parece que as coisas andam muito bem ultimamente, a "quente" é que vou fazer pós da ECA, soube sexta-feira, claro que estou feliz, queria ver todo mundo contagiado de felicidade, e queria que todos tivessem bons motivos para comemorar.
Para o amigo Claudinho Souza, vai passar, sei que dor é essa que sente, infelizmente eu não estarei no memorial de 7º dia do seu pai, mas estarei perto de ti sempre.
Para todos os amigos, muita felicidade, e obrigado para aqueles que estavam torcendo por mim....

Bjus

Friday, March 04, 2005

Começando funcionar


Quando ouvirmos que nossa vida é marcada por fases é bem melhor acreditarmos. Estar no meio da situação nos torna fracos e cegos, quando percebemos e entendemos que existe um vazio daí nosso entendimento sobre a verdade e a mentira, nosso discernimento fica deturpado.
Foi assim que andei errando muito ultimamente, mais precisamente neste ciclo de 1 ano passado. Foi vendo tudo dando errado, as adversidades pulando na sua frente e te chamando para a briga quando você não quer mais nada além de um lenço úmido na testa e toalhas brancas...
Minha família tem agora um novo motivo para acreditar, minha madrasta concebeu, virá um novo membro para o clã. De arrasado, desalinhado, desacreditado e desconcertado o grupo passou a comungar de um sentimento bom novamente, vejo meus irmãos rindo novamente, meu pai risonho à altura de seus 44 anos, esperando por mais um herdeiro.
Se for um garoto eu gostaria que se chamasse Isaque, pois no seu significado hebraico traz referência ao sorriso (Ele riu), alguns "ele" como a criança que nasceu quando outros se referem usam "ele" para se referir a D'us, sem contar que na história Ismael e Isaque são irmão. Se for garota gostaria que se chamasse Rebeca, que também traz um significado hebraico edificante e bem vindo (a que liga, a que une).
Não obstante estou fazendo a minha parte para trazer sorriso, paz e união não somente entre meus familiares, mas todos que me observam poderão perceber se tenho errado não é por falta de vigilância.

Paz para todos

Monday, February 21, 2005

Homilia I


Havia quatro reis, cada qual pedindo uma coisa diferente: David, Asa, Yehoshaphat, chizkiyahu.
David disse: "Eu perseguirei meus inimigos e os derrotarei..." (Salmo 18:38). D'us disse a ele: "Eu isso farei". E assim está escrito: "David os açoitou desde o crepúsculo ao anoitecer do dia seguinte..." (Samuel I 30:17).
Asa se levantou e disse: "Eu não tenho forças para matá-los, em vez disso, eu os perseguirei, e Tu farás o que for necessário". D'us disse a ele: "Eu assim farei". E assim está escrito: "Asa os perseguiu... e os Kushim foram derrubados, pois foram destruídos perante D'us..." (Crônicas II 14:12).
Yehoshaphat se levantou e disse: "Eu não tenho força para matá-los ou persegui-los; em vez disso, eu cantarei, e Tu farás o que for necessário". D'us disse a ele: "Eu farei isso". E assim está escrito: "E quando eles começaram a cantar e a louvar, D'us preparou uma armadilha para os filhos de Ammon, Moav e Har Se'ir..." (Crônicas II 20:22).
Chizkiyahu se levantou e disse: "Eu não tenho força para matá-los, ou persegui-los, e nem mesmo para cantar; em vez disso dormirei em minha cama, e Tu farás o que for necessário". D'us disse a ele: "Eu assim farei". E assim está escrito: "E, naquela noite, um anjo de D'us apareceu e destruiu o acampamento de Ashur..." (Reis II 19:35).

Parece que o Midrash Eichá Rabá 4:15 lista os reis em ordem ascendente de grandeza, afinal, do ponto de vista espiritual, vencer os inimigos enquanto se dorme é, certamente, mais milagrosamente valioso do que vencê-los em uma batalha.

Thursday, February 17, 2005

De onde veio?


Mesmo que exista apenas uma única teoria unificada possível, esta nada mais é do que um conjunto de regras e equações. O que é que atiça fogo nas equações e cria um universo para que descreva? A abordagem usual da ciência de construir um modelo matemático não responde às questões sobre a razão para a existência de um universo a ser descrito pelo modelo. Por que o Universo se daria o trabalho de existir? A teoria unificada seria tão poderosa a ponto de forçar sua própria existência? Ou necessita de um criador e, neste caso, este teria algum efeito sobre o Universo?

Friday, February 04, 2005

¼ de Centenário


Pois é, ao dia 8 de fevereiro às 14h30 intera-se 25 anos de Isma Borges em cartaz, estou mais preocupado com esta data tão redonda (¼ de centenário) do que com a culturalmente divertida e alvo das brincadeiras dos super originais que ainda fazem associações da idade com o jogo do bicho.
Neste ano os aquarianos do dia oito que estão no Brasil certamente não deixaram de se atentar que inteiramos ano no mesmo dia em que se comemora a data mais festiva do país, vamos ver na prática o que isso significa, estarei entre montanhas, praia, mato e alguns bons amigos.
Não vou dizer que estou em "crise-pré-aniversário", mas qualquer pessoa razoavelmente sensível sempre presta parte do seu tempo para refletir das coisas, não é?!!! Não tem jeito, olho onde eu estava há 5 anos, imagino os próximos, anseio, temo. Mas não deixo de pensar no queimar da pólvora presente.
Não consigo deixar de agradecer os que estavam aí por perto nuns maus momentos e que me deram bons motivos para comemorar, me fizeram sentir boas sensações, ou não, me fizeram sentir o azedo do inevitável remédio, mas não saíram de perto.
Não vou de concentrar da milenar ciência do "Se" (se isso, se aquilo...), mas só um pouquinho: Se não fossem as pessoas do meu lado, me moldando, cuidando de mim, de dando bons e maus exemplos, me ouvindo, me beijando e me batendo... Hummm... Não quero pensar no "se", não tenho boas imagens. Obrigado sempre.

Monday, January 31, 2005

Eu luto pela vida...



...Um trabalho real que vale a pena. Não tenho nenhum desejo de morrer, mas já vivi tão perto da morte e de suas conseqüências que a vejo agora como algo natural. Todos nós devemos morrer um dia, mas a morte sempre virá cedo demais para o homem e a mulher que tem uma intensa sede de viver. Cada minuto que passa tem um significado, uma profundidade maior do que qualquer outra coisa, mesmo que pareça comum e rotineiro. Cada rajada de vento, cada canto da cigarra, cada revoada do pombos é como um poema.

Eu nasci no que Marianela Garcia Villas escrevia essas linhas justificando de onde vinha sua força para presidir o Comitê de Direitos Humanos que investigava casos de desaparecimento e tortura em meio à guerra civil em El Salvador, três anos após, em uma missão do comitê, ela visitou uma zona de conflito e nunca mais voltou.